domingo, 25 de novembro de 2012


Sapo Cururu



Sapo Cururu
Na beira do rio
Quando o sapo canta, oh maninha
É porque tem frio
A mulher do sapo
Deve estar tá lá dentro
Fazendo rendinha, oh maninha
Para o casamento.

Livro de música: Colégio Arbos.

Indiozinho


Um , dois, três indiozinhos      
quatro , cinco, seis indiozinhos
sete , oito, nove indiozinhos
dez num pequeno bote
Iam navegando pelo rio abaixo
Quando o jacaré se aproximou
E o pequeno bote dos indiozinhos
quase, quase virou
quase, quase virou
MAIS NÃO VIROU!
Livro de música: Colégio Arbos.

Ciranda ,Cirandinha


Ciranda ,cirandinha,
Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia volta,
Volta e meia vamos dar.
O anel que tu me destes,
Era vidro
e se quebrou.
O amor que tu me tinhas
era pouco e se acabou.

Livro de música : Colégio Arbos.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Musicas infantis

O CRAVO E A ROSA

O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada

O cravo ficou doente
A rosa foi visitar
O cravo teve um desmaio
E a rosa pôs-se a chorar


Livro de música : Colégio Arbos.




DONA ARANHA
A Dona Aranha subiu pela parede
Veio à chuva forte e a derrubou
Já passou a chuva o Sol já vai surgindo
E a Dona Aranha continua a subir
Ela é teimosa e desobediente
Sobe , sobe, sobe
Nunca está contente    




Livro de música: Colégio Arbos.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Uma professora muito maluquinha: A arte de ensinar



Uma professora muito maluquinha de Ziraldo Alves Pinto é uma obra de Literatura Infanto Juvenil, sendo assim, o autor utiliza uma linguagem simples.
O foco principal desse artigo é traçar comentários acerca dos métodos da jovem professora para despertar o gosto pela leitura em seus alunos e sua prática pedagógica, baseados em Howard Gardner, Jussara Hoffmann, Pedro Demo e Rubem Alves.

Ao ler a obra Uma professora muito maluquinha (PM), percebe-se que por trás da história o autor aborda o tema do prazer e o incentivo à leitura. Na 4ª capa do livro (2ª edição, março de 2010), Ziraldo afirma que estudar é muito importante, mas que já viveu o bastante para afirmar que ler é muito mais importante que estudar, deixando claro que esse é um dos temas abordados na obra.
Com um olhar mais profundo, de educador, nota-se a intenção do autor em trabalhar a prática pedagógica. A Professora Maluquinha incentiva seus alunos à leitura. Para despertar o gosto pela mesma, utiliza vários métodos. No decorrer da leitura observa-se que os dois temas estão interligados.
A leitura desta obra é muito prazerosa, tanto do ponto de vista infanto-juvenil, quanto do educador e até mesmo para os adultos.

A obra Uma professora muito maluquinha  foi publicada em 1995 pela Editora Melhoramentos, quando Ziraldo comemorava o 15º ano de convivência com a mesma.
A ideia de escrever o livro surgiu quando professoras pediram para que o autor transformasse em livros suas ideias sobre a arte de ler e escrever e sobre as lembranças de uma professora que abriu seus olhos para o mundo.
Segundo Ziraldo o livro já estava pronto em sua cabeça e gavetas fazia bastante tempo, só faltava a forma, o jeito de escrever a história. Em abril de 1995 ele estava em Maputo, capital de Moçambique quando no meio da noite veio a resposta. Escreveu o livro todo naquela noite, mas só chegou ao texto definitivo em maio, já no Brasil. Faltando um pouco mais de um mês da data prevista para o lançamento do livro o autor entrou em pânico porque ele não sabe desenhar moça bonita, somente homens narigudos e mulheres boazudas[1], já que é um caricaturista. Pensou: não vai ter livro. Já estava em desespero quando a campainha tocou e entrou a Tereza de Paula Penna, irmã do Alceu Penna [2]. Vinha com o sobrinho e trazia mais de cem ilustrações de seu irmão, além de vários álbuns encadernados com suas páginas de O Cruzeiro. Quando Ziraldo abriu a primeira página de um dos álbuns, a professora estava lá. O autor aprecia tanto as obras do Alceu Penna, que segundo ele sua Professora Maluquinha, é uma Garota do Alceu, pois ninguém pintou mulheres mais bonitas e parecidas com a mulher que nós sonhamos que as brasileiras são.
A obra apresenta uma história narrada por cinco personagens: Athos, Porthos, Aramis, Dartagnan e Ana Maria Barcellos Pereira, alunos da Professora Maluquinha. Eles narram episódios que vivenciaram com a jovem.
Ziraldo busca aproximar sua obra a um conto de fadas, convidando o leitor a entrar no seu mundo imaginário, como no inicio da história: “Era uma vez uma professora maluquinha”. No desenrolar do texto, ele vai alimentando esta fantasia e para reforçar as virtudes da protagonista utiliza um recurso muito convincente: as imagens. O recurso das imagens é explorado a cada página, misturando-se imagens e letras para que um complemente o outro, como por exemplo, no trecho: “Ela era uma professora inimaginável”. Depois do texto há um desenho da Professora Maluquinha e a palavra “imagina.” Outro exemplo: os narradores contam como foi a primeira chamada e o autor ilustra esse momento. A distribuição da escrita e das imagens apresenta a intencionalidade do autor, pois o texto localiza-se posicionado no rodapé ou na parte superior da página, enquanto as imagens estão no centro, dando a possibilidade de uma leitura mais emocionante com o olhar passando pela página, permitindo que o leitor leia e visualize as imagens, e assim tenha uma ideia mais real da história.
Todas as personagens do livro são ilustradas: o Padre Velho, o Padreco, os cinco narradores, os trinta e três alunos, enfim, a obra é toda ilustrada, desde as personagens até os locais da cidade. Há a descrição em texto e em imagem:
“A cidade onde a professorinha vivia era assim: tinha a pracinha, a matriz e o cemitério no alto do morro; tinha o Padre Velho (que era tio dela) e o Padreco (que foi um menino que o Padre Velho criou); tinha as beatas e as solteironas (que davam notícias da cidade inteira). (...) tinha o cinema e o velho dono do cinema sentado na porta lendo seu jornal; tinha o colégio das irmãs (onde ela havia estudado para professora) e o ginásio municipal.

Após a descrição em texto, há a ilustração de todo o cenário, inclusive, o velho dono do cinema sentado na porta lendo seu jornal.
No decorrer da obra, ao descrever a Professora Maluquinha, o autor diz: “em nossa imaginação...” Na verdade é na imaginação dos narradores, pois com as imagens contidas no livro o leitor fica impedido de imaginar outra figura, já que lhe é apresentada uma forma para a personagem. Quando ele diz que a professora tinha estrelas no lugar do olhar (PM, 2010: 7) e apresenta-nos uma jovem com estrelas nos olhos, afirma que é assim que ela era, não permitindo outra interpretação ou imagem dela. Conforme o autor (PM, 2010), ela é assim na imaginação dos seus alunos (narradores da história) e já está construída na obra, desde os penteados, os gestos, o sorriso, os olhares, com pedaços de desenhos do Alceu Penna. Nas pgs. 8 e 9 (PM, 2010) têm uma descrição da Professora Maluquinha, mas claro que é na imaginação de quem narra: “Tinha voz e jeito de sereia e vento o tempo todo nos cabelos (na nossa imaginação)”. Se não houvesse imagens o leitor poderia imaginar uma professora loira ou negra, baixa ou alta, magra ou gorda. Cada leitor imaginaria o seu modelo ideal de professora.
As ilustrações que retratam a Professora Maluquinha são desenhos do Alceu Penna. As carinhas dos alunos, das pgs. 16 e 17 (PM, 2010) foram tiradas de ilustrações e anúncios de revistas da década de 1940, como O Tico-TicoO GibiEra uma vezEu Sei Tudo, etc. A capa da Careta  é uma ilustração do José Carlos de Brito [3] e o desenho da p. 57 (PM, 2010) é do Millôr Fernandes [4]. Ziraldo utilizou desenhos de pessoas que admirava para ilustrar o livro.
Existe uma relação entre a obra e a vida do autor. A história se passa em meados da década de 1940 em uma cidade do interior, cujo nome não é citado, mas pelas características apresentadas, supõe-se que seja a cidade de Caratinga em Minas Gerais, onde concluiu o Científico (atual Ensino Médio). As palavras utilizadas no Jogo da Forca (PM, 2010: 27), são as mesmas que ele brincava na época do grupo escolar e garante que enforcou muito coleguinha e hoje não pegaria mais ninguém com pterodáctilo, porque os dinossauros estão na moda. Mas, diz que pegaria muita gente com istmo. Outra passagem do livro relacionada com sua vida é o código alfabético utilizado pela Professora Maluquinha. O alfabeto existiu, foi inventado pela sua mãe. Observa-se mais uma vez a subjetividade do autor na obra.


Livro: Uma professora muito maluquinha.